terça-feira, 22 de maio de 2018
Nunca amei e acho que nunca vou amar ninguém
É algo que penso com frequência há alguns anos, talvez uns três. Antes disso, tinha a impressão de que nunca tinha achado ninguém já que meu círculo social é minúsculo e por isso pensava assim.
O negócio é que, na minha vida, nunca amei ninguém no sentido romântico da coisa. Eu não sei o que é esse amor entre homem e mulher que as pessoas tanto falam e que vejo estampado em tudo o que leio e vejo na TV. Na verdade, creio que foi um sentimento que perdi ao longo do tempo.
Crescendo, principalmente dos meus 13 até os 20 anos, acredito que a ansiedade e a raiva de ser quem eu era nunca me permitiram prestar muita atenção nisso. Claro que já tive interesse em outras pessoas, mas diria que a coisa sempre foi mais para o lado sexual da coisa do que para esse sentimento transcendental. Sempre estive lutando comigo mesmo para não perder o controle, sempre foi uma batalha constante cheia de ódio de ser eu mesmo e, é claro, os malditos sintomas físicos da ansiedade nunca me deixaram se uma pessoa sã. Daí fico pensando sobre quem conseguiria se abrir pra uma coisa dessas com tudo isso. Eu não consegui. Acredito sim que esse e outros sentimentos foram suprimidos e, infelizmente, algo suprimido por muito tempo, tende a desaparecer.
Acho também que o meu tempo para descobrir isso já passou. Me parece ser algo como aprender a falar ou andar, após certa idade é muito difícil que aconteça. Espero que o sentimento esteja dentro de mim, latente de alguma maneira, mas acho difícil. Acho que a falta de prática também contribuiu muito. Pior é que, depois de um pouco mais velho, a gente acaba racionalizando tudo e, na minha cabeça, a vontade de ter esse sentimento perdeu força.
Eu realmente me vejo uma pessoa seca nesse sentido. Não consigo pensar em atração que não seja a sexual ou aquele carinho que temos pelas pessoas que gostamos: uma amizade, camaradagem, algo assim, pois há pessoas que eu gosto muito. Já achei que talvez esse tal amor fosse algo superestimado pelas pessoas (cultura, religião, etc) e eu fosse alguém muito mais pé no chão, mas será que bilhões de pessoas no mundo podem estar erradas e eu certo? Acho difícil. O fato é que não consigo imaginar esse sentimento que dizem ser arrebatador e eterno.
Talvez eu fique sozinho pra sempre, tentando entender o que deu errado e se poderia ser mais feliz se houvesse a possibilidade de sentir isso. Talvez eu tenho um sentimento faltando.
quinta-feira, 17 de maio de 2018
Trabalho
Me sinto totalmente fora do mundo, sem vontade de participar dele. Extremamente exausto.
Nos últimos meses, pouco tenho sentido vontade de viver ou pensado que o amanhã será melhor.
Acho que a esperança que sempre carreguei comigo chegou em um limite. Não quero ficar desse jeito para sempre, mas não espero mais nada.
Mais uma vez passei mal durante uma entrevista de emprego. Entrevista que me fez abrir os olhos para duas coisas:
A primeira: nunca vou conseguir trabalhar para uma empresa privada. Não consigo aguentar a pressão nem mesmo de uma entrevista.
A segunda: Por mais que me esforce em aprender, não sou bom nessa área de atuação. Compro cursos online, vejo aulas na internet, leio muito, mas não sou muito bom nas exatas. Ser de humanas significa lidar com a coisa mais difícil do mundo: pessoas. Ser de exatas significa lidar com a coisa mais difícil descoberta pelas pessoas: a matemática. Ambas as áreas, por diferentes motivos, me afastam das mesmas. Não sei o que fazer.
No caminho da entrevista já estava passando mal, com muita falta de ar e um efeito estranho que o escitalopram me causa quando associado a altos picos de adrenalina, talvez fale disso outra hora, mas é muito pior do que ter uma crise de ansiedade sem o uso do mesmo. Quando cheguei, ao começar uma prova prática e descobrir que não saberia fazer nada do que era pedido, entrei em pânico. E foi mais uma situação humilhante pro meu currículo, o de sempre: passando mal com pessoas vendo e tentando me acalmar. Liguei pra alguém e fui pro hospital.
Minhas unhas dos dedos anelares foram destruídas hoje, viraram carne apenas. Sangram e doem tanto que não consigo dormir. Provavelmente não irei dormir amanhã também, pensando na vergonha.
Nos últimos meses, pouco tenho sentido vontade de viver ou pensado que o amanhã será melhor.
Acho que a esperança que sempre carreguei comigo chegou em um limite. Não quero ficar desse jeito para sempre, mas não espero mais nada.
Mais uma vez passei mal durante uma entrevista de emprego. Entrevista que me fez abrir os olhos para duas coisas:
A primeira: nunca vou conseguir trabalhar para uma empresa privada. Não consigo aguentar a pressão nem mesmo de uma entrevista.
A segunda: Por mais que me esforce em aprender, não sou bom nessa área de atuação. Compro cursos online, vejo aulas na internet, leio muito, mas não sou muito bom nas exatas. Ser de humanas significa lidar com a coisa mais difícil do mundo: pessoas. Ser de exatas significa lidar com a coisa mais difícil descoberta pelas pessoas: a matemática. Ambas as áreas, por diferentes motivos, me afastam das mesmas. Não sei o que fazer.
No caminho da entrevista já estava passando mal, com muita falta de ar e um efeito estranho que o escitalopram me causa quando associado a altos picos de adrenalina, talvez fale disso outra hora, mas é muito pior do que ter uma crise de ansiedade sem o uso do mesmo. Quando cheguei, ao começar uma prova prática e descobrir que não saberia fazer nada do que era pedido, entrei em pânico. E foi mais uma situação humilhante pro meu currículo, o de sempre: passando mal com pessoas vendo e tentando me acalmar. Liguei pra alguém e fui pro hospital.
Minhas unhas dos dedos anelares foram destruídas hoje, viraram carne apenas. Sangram e doem tanto que não consigo dormir. Provavelmente não irei dormir amanhã também, pensando na vergonha.
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