domingo, 7 de agosto de 2016

Bromazepam: vício e abstinência

São quase 3h da manhã e, assim como ontem, não consigo dormir. Minha rotina tem sido essa: não consigo dormir por um dia e sou vencido pelo cansaço no outro, durmo por umas 3 ou 4 horas e muito mal. Já estou há quase uma semana sem o maldito Bromazepam e já é a segunda vez que tenho essa crise abstinência. Não tenho sono nenhum, meus olhos ardem, sinto uma falta de ar imensa que não passa com nada do que tentei.

Acho que já tem uns 6 ou 7 meses que comecei a tomar esse Bromazepam, resolveu meu problema com falta de sono na hora, mas acho que já estou viciado nisso. Desde que comecei a tomar esse remédio, simplesmente não durmo mais e tenho crises cheios de sintomas de ansiedade se fico um dia sem. O que me incomoda mais é o meu sono, quando durmo bem, geralmente tenho um dia melhor, mas é uma coisa que parece que me foi privada agora. Estou tentado a tomar muitos comprimidos do Rivotril agora (já que só um dessa porcaria não funciona) mas não sei se teria algum efeito colateral pior. Também não quero beber apesar de ter vinho aqui. Preferi vir pro pro computador e tentar me distrair reclamando da vida. Nem sei sobre o que foram as minhas últimas postagens, nem quero lembrar, mas devo ter vindo aqui só pra reclamar também, acho que é só pra isso que eu venho.

Vou no psiquiatra de novo essa semana e a primeira coisa que vou falar é que estou dependente desse remédio, não quero ficar tomando isso pra sempre, essas crises de abstinência são muito ruins e sei que quanto mais tempo ficar tomando isso mais vou ter que tomar. Quero ao menos tentar uma retirada gradativa, não sei, mas ficar tomando essa droga pra sempre não vai ser pra mim. Gosto muito dos efeitos do Bromazepam (gosto de dormir e até da sensação de inércia) mas acho melhor tentar parar. Coincidentemente, minha próxima consulta é no mesmo dia do meu primeiro dia de aula na nova faculdade, não sei se vou ou em que estado vou estar, mas preciso me preparar ou desisto de novo.

Acho que vou fechar os olhos e ficar quieto, tentar enganar o meu cérebro, vai que dá certo. Talvez a descarga de adrenalina baixe um pouco, com qualquer barulho fico assustado. Vou tentar