quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sociedade e vida social

Hoje eu estava vendo uns vídeos no Youtube, por coincidência acabei assistindo a alguns vídeos de pessoas falando como a vida às vezes parece ser sentido. Acho que a gente começa a pensar nisso depois de muito tempo pensando nisso. Hoje em dia eu simplesmente não consigo ver sentido nenhum nisso tudo, nem na vida como um todo, digo o sentido da nossa existência, e nem na vida em sociedade.

Dessa vez eu queria falar um pouco da minha percepção sobre a vida em sociedade. Obviamente, acho uma merda. As pessoas parecem estar sempre fazendo coisas que na realidade não querem, é o que a sociedade acha que ela deve fazer. Faculdade, trabalho, família, tudo parece muito bem arquitetado pra todo mundo. Mas o que mais me chama atenção é como a sociedade é competitiva. Parece que estamos no meio de uma coisa que obrigatoriamente nos fazem inimigos das pessoas ao invés de nos unir. A sociedade me estressa, me entristece, me deixa ansioso, me faz querer virar um um louco morado numa praia deserta e longe dessa porcaria toda. Odeio ter que corresponder com as expectativas dos outros, gostaria de não ser assim, mas quase nunca consigo agir da maneira que acho melhor, quase sempre faço o que os outros querem que eu faça. Isso me mata. E parece que viver em sociedade é outra coisa sobre a qual não temos muito controle, ela está sempre lá, no meu caso pra me lembrar de que o mundo é muito pior do que imagino.

Fazer parte da sociedade meio que significa que você precisa ser uma pessoa aberta às outras. Percebo isso quase que diariamente quando as pessoas notam que eu não sinto o menor interesse em conversar com a maioria delas e eu não consigo fingir que estou muito interessado em conversas que não tenho a menor vontade de levar em diante. Às vezes acho que eu sou louco porque não consigo achar graça NENHUMA nessas conversas de amigos, tipo essas conversas de bar, que as pessoas jogam conversa fora sem nenhum motivo aparente. Aliás, esse tipo de conversa me irrita, na maioria das vezes só consigo conversar quando o assunto envolve alguma questão mais profunda. Sei lá, o mundo me entedia, as pessoas frequentemente me entediam. É por isso que quase não tenho amigos, não consigo me interessar pela maioria das pessoas ao meu redor, me sinto apático. O engraçado é que hora acho que não há nada de errado comigo por não gostar de socializar, em outros momentos me sinto como um ser muito anormal (até porque frequentemente escuto isso) por  só querer distância da maioria das pessoas.

Eu não sei, relacionamentos superficiais me desgastam pro ter que fingir que tenho interesse genuíno em conversar sobre coisas que não dou a mínima. Relacionamentos mais íntimos também drena as minhas energias porque sinto que preciso esconder a todo instante que me odeio. Fora isso, gosto de ficar sozinho e as PESSOAS NÃO ENTENDEM isso. "Você é tão novo, sai toca!", "Você não deveria ficar tanto tempo só, isso é ruim", é o que mais escuto quando alguém sente que está mais próximo de mim e por isso se sente no direito de dar palpites sobre a minha vida. No fundo eu acho que odeio como as relações são, na maioria das vezes, muito invasivas, e como eu não gosto de dividir a minha vida e muito menos escutar a dos outros, acabo cortando o mal pela raiz e não permito que ninguém se aproxime além do necessário.

Na verdade esse é um assunto que eu ainda tenho muito pra falar, então acho que falarei mais em ums outra postagem.

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