sábado, 29 de agosto de 2015

Existe um mundo dentro do mundo

Frequentemente eu acho isso mesmo: o mundo, na verdade, é feito por dois.
Tem o mundo das pessoas e tem o meu. Às vezes, tenho plena convicção de que sou um intruso invadindo o mundo dos outros e meio que estou procurando um saída para o meu.
Daí eu fico aqui olhando, e olhando, e olhando... me sentindo cada vez menor.

Mais alguém aí se sente um invasor?

3 comentários:

  1. De certo modo, criei meu próprio mundo e nele há uma beleza permeada com melancolia. Há, ainda, uma visão singular a qual é perturbadora. Frequentemente coloco-me em situações ditas como ridículas e implausíveis. Realmente, sinto-me uma intrusa em uma sociedade tão superficial quando o que necessito é de profundidade - mesmo que frequentemente, perambulo de madrugada com um vazio soturno (então, vou observar as estrelas ou sento-me num canto escuro qualquer e dou liberdade a dor que circunda-me). Contudo, ainda que eu esteja isolada, não modifiquei meus atos e, quando perguntei-me o porquê, descobri que aprecio a solidão já que permite-me viver a minha própria loucura. Não sei se estou a fazer qualquer tipo de sentido.

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    1. Quando o medo e a inquietação invade a nossa cabeça, nada faz sentido mesmo. Não dá pra explicar muito ou colocar em palavras. Uns chamam de loucura, outros de sensações que só você sabe como é. Só não sei até que ponto viver essa "profundidade" faz bem pra gente. No meu caso, só me afastou do mundo involuntariamente. Não que ame essa sociedade do jeito que ela é, mas, certamente, não quero mais ser uma ilha.

      Espero que você saiba balancear isso... ou não. Deve haver mesmo pessoas que apreciam seus mundos e somente eles. Deve ter aqueles que se sentem muito confortáveis assim. Tudo depende do que queremos. Há quem queira "participar" do mundo com mais frequência, alguns nem tanto, outros não estão nem aí. Só acho importante não mentir pra si mesmo. Tentei me enganar pra esconder um medo e hoje pago o preço por isso.

      Abraço.

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    2. De fato, dada a minha inexperiência, posso algum dia perceber que estou enganada. E, talvez, o próprio fato de eu estar aqui, exteriorizando tais sentimentos, prove que não sou essencialmente indiferente. (Ainda que amanhã mesmo posso estar rindo deste comentário que enviarei). Enfim, obrigada por responder-me. Refleti sobre tua resposta.

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